Foto: Divulgação


Formada em 2010 em Aracaju (SE), a Coutto Orchestra pode ser considerada a encarnação do tropicalismo. A “micro-big-band”, como se classificam, traz em seu trabalho uma fusão da “cultura DJ” com ritmos de todo o mundo como cumbia, jazz, maracatu, tango, forró, valsa e marchas dos balcãs. Neste caldeirão de onde brota a fanfarra eletrônica encontra-se de tudo, principalmente canções com batidas fortes e melodias cativantes.

Com quatro anos de estrada, a “Coutto Orchestra de Cabeça” (nome original do grupo) surgiu da necessidade: “eu não possuía banda, apenas produzia as minhas músicas em estúdio e junto com aparatos eletrônicos construía minha banda, minha ‘Orchestra de Cabeça’”, diz Alisson Coutto, idealizador do projeto. Contando hoje com diversos integrantes, o grupo se reconhece como algo concreto. “Depois de lançar o ‘Eletro Fun Farra’, decidimos retirar o ‘De Cabeça’. Vimos mais do que nunca que conseguimos sair de um projeto imaginário, e hoje nos identificamos como banda”.

Foto: Thiago Souza Ramos










Com dois EPs (“Micromúsica”, de 2010 e “Aratu Milonga”, de 2012) e um Disco lançados (“Eletro Fun Farra”, de 2013), é de se perguntar de onde surgem as influências para o trabalho multicultural do grupo. “Nas composições da 'Orchestra' sempre buscamos fundir elementos daqui (nordestinos e prioritariamente sergipanos) com os demais ritmos da aldeia global”, explica o grupo. “Ao compor não nos preocupamos em seguir uma forma ou rítmica obrigatória, o que buscamos a risca é apenas comunicar sensações”, completa.

Com um estilo batizado de “Eletrofanfarra” pelos próprios integrantes do grupo, as apresentações da Coutto Orchestra trazem os instrumentistas unindo aparatos tecnológicos à sanfona, percussões, sopros e vozes para reproduzirem melodias cativantes e batidas fortes. Com canções sem palavras, associadas a projeções e luzes, provocam uma sensação festiva e imagética, criando uma atmosfera urbana com raízes na cultura das ruas. Para o grupo, “as canções sempre surgem a partir de algum estimulo visual ou histórias que ouvimos em relatos. Algumas vezes isso se transforma em trilhas sonoras, outras, em canções quase sem palavras”.

Foto: Café com Guaraná



 Atualmente a Coutto Orchestra vem ganhando destaque em importantes espaços do cenário da música brasileira com shows na Feira da Música (CE), Porto Musical (PE), Festival Quebramar (AP), BNB Instrumental (PB e PE), LAB Festival (AL), Festival de Inverno de Garanhuns (PE), Festival Quebramar (AM), Palco Giratório (SE), Verão Sergipe (SE) e participação em diversas coletâneas físicas e virtuais como Bass Culture e Beyound e Viva Brasil (BM&A), Serigy All Stars (Disco de Barro), dentre outras.


Para o grupo, tocar em tantos lugares diferentes é algo muito positivo. “A cada evento que temos a oportunidade de viajar, a banda consegue se renovar, oxigenar a pluralidade que buscamos no nosso som, é impressionante como em nossas viagens conseguimos (re)avaliar os elementos estéticos, sonoros, que compõem o nosso trabalho”, diz o grupo.



Você pode conhecer mais sobre o grupo acessando o site da Coutto Orchestra