Molho Negro: Raony Pinheiro, João Lemos e Augusto Oliveira

Criada em 2012 por João Lemos (voz e guitarra), Augusto Oliveira (bateria) e Raony Pinheiro (contrabaixo), a “Molho Negro” se define como “um tempero pulsante e rasgante para o rock garagem”. Contando com a efervescência tropical de Belém, terra natal do grupo, o trio traz um trabalho repleto de batidas dançantes e marcantes, além de letras que promovem uma identificação imediata, sem muita complicação.

“Descontração” é a palavra de ordem. Enquanto outros ícones do rock independente realizam trabalhos cheios de crítica social, os meninos da Molho Negro são objetivos: nada de rock cabeça! Segundo a banda, o objetivo “é ser sedutor para os quadris e fazerem todos sacudirem com o nosso som”. “A Molho Negro se preocupa em fazer as pessoas dançarem. Dançarem e se divertirem”, explica João Lemos.

Com levadas poderosas, a Molho Negro faz jus ao nome de "Rock Garagem"

Com admitidas influências de Danjo Jones, Black Rebel Motorcycle Club, The Black Keys, The Vines, Chuck Berry e Little Richard, o power trio é o rock em seu estado mais segutor: alto, pulsante, marcante e dançante. Em 2014, a banda lança seu primeiro trabalho completo, o disco "Lobo".

Gravar esse disco na nossa cidade foi uma experiência um pouco diferente da gravação do primeiro. A gente tinha um elemento muito importante dessa vez, que era o tempo. Tínhamos tempo pra fazer as coisas, ouvir, trocar de instrumento e refazer, se fosse o caso. Convidamos amigos pra participar, bagunçamos o processo todo, se não fosse o Ivan pra entender o que a gente queria, teria sido um completo desastre esse excesso de liberdade (risos). Particularmente, eu sou um cara afobado que gosta que tudo fique pronto logo, então se o primeiro disco foi gravado em fogo alto, posso dizer que esse foi em fogo médio pelo menos.

Confira o clipe de "Concurso", faixa do disco "Lobo":



O vocalista e guitarrista da Molho Negro conversou com o Chama Alternativa. Confira abaixo:

- Como surgiu a banda?
A banda surgiu no fim de 2012, quando eu e o Augusto resolvemos fazer uma banda nossa mesmo. Nós já tocávamos juntos em outras bandas, mas dessa vez queríamos algo que nós fossemos os donos. O Raony entrou na banda um pouco depois da gravação do nosso primeiro EP (“Rock!”, de 2012). Conheci o Augusto em 2006, tocávamos em outra banda juntos. O Raony é meu amigo de infância, quando precisei de um bom baixista ele foi a melhor opção. 

- Vocês dizem que o objetivo é ser “sedutor para os quadris”. Qual é a proposta do som da banda? 
Haha, é de um relase essa frase né? Na verdade o Molho Negro se preocupa em fazer as pessoas dançarem. Dançarem e se divertirem.

- As músicas de vocês tem títulos altamente descontraídos, dando um tom mais leve pras composições. Qual foi o motivo da escolha por um estilo mais “descomplicado”?
É um pouco natural, a gente fala das coisas que a gente vê, só que fala do nosso jeito né?

- Essa descontração vai em oposição a um movimento que vem aparecendo muito na cena independente, que são letras mais carregadas nas críticas sociais. Qual a sua opinião sobre isso?
Cada um tem que falar sobre aquilo com o que se importa, se incomoda e etc, não vejo problema algum em nenhum dos casos

- Qual é a realidade da banda agora, com o lançamento do segundo disco?
A realidade é a mesma da maioria das bandas independentes: lançar material, viajar, merchandising, festivais e etc. A parte divertida da história.

Você pode acompanhar o trabalho da Molho Negro acessando a página deles no facebook (https://www.facebook.com/molhonegro) OU ouvindo o disco completo deles no Soundcloud (https://soundcloud.com/molhonegro/sets/molho-negro-lobo-2014)