Um festival que nasceu de festas de rock e da divulgação do trabalho autoral de bandas locais de diversos estilos. Esse é o “Se Rasgum”, originalmente conhecido como “Se Rasgum no Rock” mas que mudou de nome devido a alta proliferação de diferentes estilos na região de Belém, onde se concentra, e que chega agora à sua sétima edição.

Em 2012, o festival acontecerá nos dias 7 e 8 de dezembro, e retornará ao tradicional palco do African Bar, localizado na praça Waldemar Henrique, em Belém. A sétima edição mantém a tradição iniciada em 2006, ano da sua primeira edição: a de reunir atrações nacionais e internacionais, sempre com foco na cena independente e no trabalho autoral.

Marcelo Damaso, organizador do festival, o festival foi criado pois “era o caminho natural que estávamos seguindo com o cenário cheio de bandas locais autorais, muita coisa a ser mostrada e um monte de bandas de fora querendo vir para Belém. Isso, claro, dentro de um cenário nacional onde pipocavam festivais independentes em todas as capitais. Belém tinha que ter o seu festival, e nós achamos que era a Se Rasgum que tinha que fazer", relembra Damaso.

Este ano, o line-up do dia 7 inclui as locais A Trip to Forget Someone e Massa Grossa, a sulista Apanhador Só (RS), o americano Ben Kweller e Thiago Pethit, de São Paulo, além da francesa Maia Vidal.No sábado, dia 8 de dezembro, quem se apresenta no African Bar são as novidades locais Strobo e Molho Negro, junto dos veteranos Tonny Brasil e Mestre Solano. Completando a lista dos convidados de fora do Estado, estão os grupos Tokyo Savannah (SP), Pequena Morte (MG) e a carioca Mallu Magalhães (RJ), também conhecida simplesmente como “Mallu”.


Semana da Profissionalização

Parte integrante do Se Rasgum, a Semana de Profissionalização da Música é constituida de oficinas e palestras voltadas para o trabalho de formação de profissionais do mercado musical, otimizando a relação entre músicos, prestadores de serviço, o público e todos os demais profissionais ligados a este mercado.

Para Marcelo Damaso, organizador do festival, a semana de profissionalização da música é importante para fomentar a atividade artística no estado. "É um mercado que envolve muitos agentes, tanto na produção executiva quanto no papel artístico. Fazemos uma ação formativa para tentar colocar no mercado cultural mais produtores aptos a trabalhar com música, com cultura. Nosso trabalho vai além dos shows, pensamos mais adiante e tentamos fortalecer o mercado, tornando uma atividade rentável tanto para quem realiza quanto para quem a compõe no âmbito artístico. Queremos que tanto o roadie quanto o produtor e o artísta recebam o justo e aperfeiçoem seus trabalhos", conta.

Damaso conta ainda que a organização sempre se adapta para não deixar de realizar o festival, que já faz parte da agenda cultural do Estado. "Esse ano demos uma reduzida no formato. Contamos com pouco recurso financeiro, comparado ao ano passado, por exemplo. Náo conseguimos vender nenhuma carta de incentivo nem da Lei Tó Teixeira e nem da Semear. E estou falando de um festival que está na sétima edição e que é um dos grandes responsáveis por todo esse bafafá em cima da música paraense. O Festival só está saindo graças a uma ajuda do Governo e a alguns pequenos patrocínios que conseguimos de parceiros antigos", desabafa.


Homenagem à Música Paraense

Com a temática de homenagear a música paraense, o VII Festival Se Rasgum traz alguns de seus ícones nas artes de divulgação, como Dona Onete, Mestre Laurentino, Mestres da Guitarrada e Mestre Solano, que vai estar nesta edição e que era o único dos homenageados que ainda não havia se apresentado no Festival. O ilustrador paraense Junior Lopes fará uma exposição de seus trabalhos homenageando a música paraense no African Bar.

Sustentabilidade

Dando continuidade às ações ambientais, o Festival Se Rasgum integra à sua programação ações de sustentabilidade em diversas parcerias com associações, ONGs e Secretaria Municipal de Saneamento – Sesan. Entre ações de neutralização voluntária de carbono – para a compensação da emissão de carbono no evento – e da coleta seletiva, o Festival terá também um Espaço Eco Lounge com ações educacionais, em uma parceria com a ONG No Olhar.